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A turma do galinheiro




Quando estive no Maquinaria Festival no ano passado não pude reclamar de absolutamente nada. Fui a convite do Roddy Bottum, tecladista do Faith No More através do Twitter (desculpa aí viu? Duvida? Clique aqui  ), ganhei os ingressos da querida Bia Granja, da PIX que foi patrocinadora do evento e recebi a incrível consideração do pessoal da Kiss FM que também me ofereceu os ingressos, obviamente não retirados por mim, mas que foram destinados a algum felizardo que assistiu Jane’s Addiction e Faith No More entre outros.


Para a minha surpresa o ingresso era para a Pista Premium, (ou VIP, como alguns preferem chamar) que encarei com um ar de novidade. Sempre enfrentei filas quilométricas e vi muita gente armando barraquinhas nas portarias pra ver seus ídolos de perto, ingresso era pista ou arquibancada. No Maquinaria o acesso foi direto para um lounge com vários stands, mesinhas pra comer uma pizza e tomar uma cerveja sem filas, cadeiras à vontade pra colocar em qualquer lugar dessa área e até redes para deitar, tudo com visão para o palco. Para ter acesso à grade e ver tudo bem de perto bastava descer as escadas e passar por uma espécie de corredor, feito com tapumes para evitar que a galera da Pista Comum pulasse para a zona “nobre”.



Oportunismo da organização para levar mais grana? Uma boa pra quem pode pagar por certo conforto? Comecei a ver a tal pista, seja ela VIP, Premium, Gold ou sei lá qual vai ser o nome dela no próximo show que você for, com um pouco de desconforto, afinal, quem traz o maior volume em dinheiro para esses grandes eventos é mesmo a turma que fica lá atrás, na área que também ganhou agora um apelido: o galinheiro.

Axl Rose e seus miquinhos adestrados.


A gama dos ditos ‘bons shows’ para 2010 me faz pensar um pouco na grande excitação dos fãs de rock com alguma preocupação. 


Vendendo a rebelde marca Guns n’ Roses, que nada mais tem a ver com a banda dos anos 80, me assusto com a falta de caráter do tio Axl exibindo seus pistoleiros de aluguel como um grande grupo de rock. Entendam, não estou questionando a qualidade dos atuais músicos, longe disso.


Axl não formou uma banda, contratou uma (com exceção do tecladista Dizzy Reed, músico do GN’R desde o início da década de 90). Veja por exemplo o baterista Frank Ferrer: trata-se de um músico de estúdio, gravou discos com Wyclef Jean, Perry Farrel entre outros 14 artistas... sem me aprofundar muito nestas questões, deixo que você procure informações sobre os outros funcionários, todos sem grande expressividade ou grandes obras no mundo do rock.


O álbum Chinese Democracy soa como nada além de um gancho para uma turnê milionária, já que esta é a galinha dos ovos de ouro do show business atualmente (considerando a queda nas vendas de cd’s e conseqüentemente de direitos autorais) . O disco pra lá de fraco mediante a expectativa (ele começou a ser gravado em 1997), não lembra em quase nada os tempos áureos do Guns, a não ser pela presença dos vocais duplicados do velho Axl (gravado em 2 canais: um com voz de homem, outra com aquela voz de pau-no-rabo). 


A intenção do cara é óbvia: faturar milhões fazendo covers de Guns n’Roses às custas de uma imagem que remete aos posters de 1987. Você vai desembolsar entre R$ 120 e R$400 (em SP) pra ver o Guns n’ Roses? respeito sua decisão, mas não se engane, a apresentação é na verdade de Axl Rose e seus miquinhos adestrados. Nessa eu não caio.

Coachella 2010



Foram divulgadas nesta quinta-feira (17) as datas do Coachella Festival, que acontece anualmente em Indio, na Califórnia. A edição 2010 do evento acontecerá nos dias 16,17 e 18 de abril.
Considerado um dos maiores festivais norte-americanos, o Coachella recebeu nomes como The Cure, Paul McCartney e Prince nas edições anteriores.


Na edição deste ano os destaques do line up são Them Crooked Vultures, Echo and the Bunnymen no dia 16, Faith No More, Müse e Devo no dia 17 e Gorillaz, Pavement, Thom Yorke e Julian Casablancas no dia 18. No mesmo dia está confirmada também apresentação da cantora brasileira Purgatório Céu, sendo uma das 130 atrações do festival.


A pré-venda de ingressos para o Coachella 2010 já começou através do site coachella.com.

A volta do Faith No More




O vídeo acima poderia ter sido feito para aquele concurso babaca de bandas do Faustão, mas na verdade se trata de Mike Patton com uma câmera fazendo algo que é sua especialidade: Bizarrice.

A volta do Faith No More me deixou feliz como uma criança que achou um brinquedo perdido há tempos. A banda fez muito sucesso na América Latina e Europa, mais do que nos EUA, implacando hits que entraram nas novelinhas globais e mesmo sem muito prestígio por parte da organização, foi um dos shows mais baladados do Rock In Rio II, em 1990, porém, estiveram durante toda a carreira longe de ser uma banda assim tão pop.

Explicar o FNM seria impossível, só mesmo ouvindo os discos da era Patton (The Real Thing, 1989 | Angel Dust, 1992 | King fora day fool fora a lifetime, 1995 | Albun of the Year 1997) já que os dicos com o vocal anterior, Chucky Mosley (We Care a Lot, 1985 e Introduce Yourself, 1987) imprimiam uma cara exclusivamente "funk metal". Seria necessário também postar tudo que eu sei sobre a banda junto com as minhas opiniões etc e etc, ou seja, assunto para um livro.

Esse videozinho é de um ensaio para a turnê na Europa e muito se cogita sobre a vinda deles ao Brasil, o que não é algo impossível visto que o Patton adora feijoada e caipirinha e já até pescou piranhas na Amazônia.

Foram onze anos de intervalo e se você não conhece nada sobre estes caras comece ontem.

Agora você que também é um louco por FNM dá pra seguir o Billy Gould e o Roddy Bottum no Twitter, lá eles dão detalhes dos shows, datas e etc, isso quando o Roddy não resolve mostrar as galinhas de sua fazendinha.

You wanna it all but you can't have it...

Death Magnetic



Impressionante



Após um álbum como St. Anger (bom de crítica, ganhador de Grammy, mas fraco pra quem realmente sabe o que significa Metallica) tudo poderia acontecer e medo é a primeira palavra que vem à mente quando o Metallica vem com uma novidade - sabe como é né? primeiro um meio pop, depois a continuação, aí veio a orquesta(até aí ia tudo bem, tava até interessante), e pra piorar um disco sem solos de guitarra, coisas que pouco lembrava os bebuns junkie da Bay Area, San Francisco, CA.

Frio na barriga.

Comecei a ouvir pela faixa The day that never comes (veja o vídeo), disponibilizada no site (sim, eles convivem bem com a internet, mesmo após a polêmica com o Napster) que vai ser o primeiro single de Death Magnetic. Um verdadeiro tapa.

Passei para Cyanide, mais uma faixa disponibilizada full, e em vários momentos achei que estivesse ouvindo uma música inédita de ...And Justice For All, as guitarras, a afinação da bateria, as trocas de compasso, os "crashes" pouco convencionais de Lars Ulrich, mas não parava por aí.

My Apocalypse mostrou o porque a banda voltou a utilizar seu "logo clássico" na capa do disco. Está de volta o Metallica que dormiu em 1989.

Robert Trujillo também mostra seu trabalho pela primeira vez em estúdio e no processo criativo já que o baixo em St. Anger foi gravado pelo produtor Bob Rock.

A curiosidade fica por conta de Unforgiven III, anunciada como uma das faixas do novo disco. As duas versões anteriores foram single nos discos Metallica (1991) e Re Load (1997)

A produção ficou por conta de Rick Rubin que já produziu figurinhas como Red Hot Chili Peppers e Johnny Cash. Um álbum que pelo visto não promete, cumpre.

Lançamento Mundial: 12 de Setembro.