Metallica em novos tempos



O Metallica com um brilhante suporte de marketing vem produzindo uma série de coisas bacanas, os souvenirs vão das tradicionais camisetas com motivos da banda, passando pelo relançamento de seus álbuns em vinil com impressões especiais no bolachão (na média de R$120,00) e pasmem, até enfeites de Natal, lancheiras e roupinhas de bebê.

A banda que causou polêmica com o Napster, acusando o sistema de troca de músicas por violação de direitos autorais, hoje aceita a prática numa boa (tendo em vista que o último disco, Death Magnetic, vazou na internet alguns dias antes do lançamento oficial) e parece estar aprendendo a tirar proveito da internet, seus produtos são vendidos pelo Metallica Store, no site oficial da banda.

Para a minha surpresa eles estão adotando (e muito bem) o caminho do licenciamento, além dos souvenirs vendidos pelo site, e já não olham apenas para a venda de discos como o filé para embolsar milhões de dólares. Este é o caminho a ser seguido com mais intensidade pelo mercado fonográfico e pelas bandas num futuro muito próximo. A possibilidade de baixar músicas em formato MP3 facilitou muitas coisas, e dentre elas, se livrar de um monte de faixas que você não gostaria de pagar de bobeira e baixar só o que você realmente quer, além é claro do custo zero (jura?).
Como as vendas de discos caem progressivamente e, brigar contra esta prática é simplesmente inviável (ou no mínimo um desgaste para a imagem do artista, como aconteceu com o batera Lars Ulrich taxado de arrogante, mesquinho etc e etc) o negócio é partir para o licenciamento, ou seja, a banda como marca.

O grupo, ao meu ver é um dos poucos que entendeu o recado (quem diria não?) e tem mostrado bons exemplos para driblar as perdas de faturamento emprestando sua fama a produtos diversos como, por exemplo, a linha de roupas da marca de surf Billabong (na imagem), lançada em série especial: um sucesso de vendas. Previsto para 2009 o jogo Guitar Hero, febre mundial que traz grandes clássicos do rock ( também visto pelas bandas como uma das salvações da lavoura diante dos downloads, já que rende algumas cifras em direitos autorais) terá também uma edição especial com a banda (como na primeira versão especial, com o Aerosmith). São poucos os exemplos como Gene Simmons do Kiss, que souberam transferir o valor e a magia da banda em quinquilharias e montes de dinheiro.

Bom, ao menos a gente vê que cortar o cabelo e tocar uma modinha de viola (Mama Said, lembra?) era só o primeiro passo de uma grande estratégia de popularização da banda.

Um comentário:

Vagner Leão... disse...

Nova tendência de mercado. Se vender, ou morrer.

Mas putaquepariu, imagino como deve ser uma árvore de natal do metal com bolinhas do metallica, eddiezinhos de papai noel e estrelinha invertida do Venom lá em cima.

Abraço